O Ministério Público Federal abriu um procedimento de apuração, no qual pediu explicações à Presidência sobre uma uma mensagem distribuída às equipes da área de informática do Palácio do Planalto que informava que o sistema antivírus da rede da Presidência da República “detectou uma ameaça” e que, por isso, computadores deveriam ser formatados – ou seja, teriam seu conteúdo apagado.
A resposta da Presidência enviada ao MP foi divulgada pelo blog de Rodrigo Rangel. Nela, o setor de informática do Planalto afirma que o ataque ocorreu em 1º de novembro – dois dias depois do segundo turno - e que 191 computadores foram afetados. De acordo com o documento, o problema teria sido causado por um ataque do tipo “ransomware”, em que os computadores são invadidos e, depois, têm seus arquivos criptografados.
Embora a mensagem aos funcionários da área de informática mencionasse a orientação para que fosse feita a formatação dos computadores, a resposta enviada aos procuradores nega que isso tenha ocorrido. Ao MP, o Planalto informou ter feito apenas a troca do sistema operacional das máquinas – o que, na prática, também apaga os dados armazenados.
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A Presidência diz que ainda não sabe como se deu o ataque, mas acredita que o vírus explorou “vulnerabilidades” do sistema. O documento não deixa claro se houve participação de algum funcionário, intencionalmente ou não, para que ocorresse a invasão. “Vale frisar que a ETIR (Equipe de Tratamento e Resposta a Incidentes em Redes Computacionais) continua a análise com intuito de elucidar os eventos anteriores que podem ter dado origem ao incidente”, afirma.
Após receber a resposta do Planalto, o MP remeteu as informações a peritos do órgão, que dirão se as explicações foram satisfatórias.