A segurança do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi uma das prioridades do PT durante a campanha nas eleições e aparentemente permanecerá mesmo após o resultado do pleito. Responsável pela proteção do petista até 1º de janeiro, a Polícia Federal preparou um esquema de segurança especial para o local onde ocorrerá a transição, em Brasília. Ele envolve ações de combate a grampos telefônicos e a ameaças cibernéticas, dois dos principais temores do futuro governo.
As atenções estão voltadas principalmente para o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) da capital, espaço em que funcionará o governo provisório. Agentes da PF fizeram a primeira vistoria no local na tarde desta terça (8), horas antes de Lula desembarcar na cidade pela primeira vez após a eleição.
Estão previstas ações frequentes de varreduras antibombas, com equipamentos, agentes e cães farejadores para garantir a segurança do petista. Os ambientes ocupados pelos integrantes da transição terão monitoramento quase diário para identificação de grampos, uma preocupação da equipe de segurança do presidente eleito, chefiada pelo delegado Andrei Rodrigues.
Outro procedimento específico para oferecer segurança cibernética à rede de computadores colocados à disposição das autoridades que vão trabalhar no CCBB também será colocado em prática.
As salas do presidente eleito, assim como do vice eleito, Geraldo Alckmin, e dos quatro principais coordenadores da transição terão acesso restrito e haverá presença constante de policiais em frente às portas das salas de Lula e Alckmin.