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Vixe! - 08/07/2024, 16:00 - Da Redação - Atualizado em 08/07/2024, 16:20

PF afirma que venda ilegal de joias foi para o patrimônio de Bolsonaro

Dinheiro foi utilizado na viagem do ex-presidente para os Estados Unidos

Bolsonaro foi indiciado pela Polícia Federal
Bolsonaro foi indiciado pela Polícia Federal |  Foto: Reprodução

A Polícia Federal enviou um inquérito ao Supremo Tribunal Federal (STF), afirmando que o dinheiro das joias vendidas ilegalmente por parceiros de Jair Bolsonaro entrou na conta do ex-presidente. Os valores teriam servido para custear a viagem do ex-presidente aos Estados Unidos, no início de 2023, informações constam no relatório da PF, obtido pelo G1.

Teoricamente, o valor das joias, que foram dadas de presente pelo governo saudita durante a gestão Bolsonaro, deveria ir para o patrimônio do Estado, mas, na verdade, foi para a conta pessoal do ex-presidente.

"Identificou-se, ainda, que os valores obtidos dessas vendas eram convertidos em dinheiro em espécie e ingressavam no patrimônio pessoal do ex-presidente da República, por meio de pessoas interpostas e sem utilizar o sistema bancário formal, com o objetivo de ocultar a origem, localização e propriedade dos valores", revelou o órgão.

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A PF também comentou sobre o uso de 'laranjas' para a lavagem desse dinheiro. Em uma dessas situações, o general Mauro Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, passou R$ 25 mil em espécie para o ex-presidente.

"Tal fato indica a possibilidade de que os proventos obtidos por meio da venda ilícita das joias desviadas do acervo público brasileiro, que, após os atos de lavagem especificados, retornaram, em espécie, para o patrimônio do ex-presidente, possam ter sido utilizados para custear as despesas em dólar de Jair Bolsonaro e sua família, enquanto permaneceram em solo norte-americano", concluiu a Polícia Federal.

As joias eram estimadas em torno de R$ 6,8 milhões, porém, isso não significa que todo esse valor foi parar nas mãos do ex-presidente. A PF informa que esses valores também influenciavam outros esquemas, como a produção de 'fake news' e o uso indevido de recursos do Estado.

Valores estimados das joias
Valores estimados das joias | Foto: Reprodução/ Relatório da PF

O ex-presidente é suspeito pelos crimes de associação criminosa (com previsão de pena de de 1 a 3 anos), lavagem de dinheiro (3 a 10 anos) e peculato/apropriação de bem público (2 a 12 anos). Caso a Procuradoria Geral da República denuncie Bolsonaro, a Justiça irá decidir se ele vira réu.

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