Desde a vitória de Lula que se especula qual posicionamento adotariam os partidos que ao lomgo dos anos foram oposição ao PT. Entre eles está o União Brasil (UB) que, surpreendendo a todos, conquistou três ministérios no governo petista. Em meio a rachas no partido sobre o tema, o ex-governador da Bahia e ex-senador, Paulo Souto (UB) afirmou que a sigla ficará em uma posição de “independência” na gestão de Lula. A declaração foi feita nesta segunda-feira (23) em entrevista ao Metropod, na Rádio Metrópole.
“Tem um grupo de deputados que eu não acredito que vão fazer automaticamente base do governo. Agora, tem representantes do partido no governo”, diz Souto, que enfatiza ter uma opinião pessoal sobre o assunto.
O ex-governador defende ainda ficarem em lados opostos por questões ideológicas. “Do meu ponto de vista, [o partido] deveria não apenas ficar independente, como não ficar dentro do governo”, afirma. “Primeiro, todo país e todo governo precisa de oposição, e a história do partido é uma história com diferenças muito marcantes em relação às reivindicações do PT”.
Questionado sobre em quem votou nas últimas eleições, o ex-senador deixou um mistperio no ar. "Posso ter votado em branco ou nulo", disse Souto, que afirmou que nunca votou no PT e disse acreditar que o Brasil vive uma polarização prejudicial. "Ele [Bolsonaro] prejudicava mais pelo que ele falava do que pelo que ele fazia", opina.
Sobre as eleições para o governo estadual, Souto falou sobre a importância de Lula para a vitória dos candidatos do PT no estado. “É uma força inegável que ele tem na Bahia. Não estou tirando o mérito de ninguém, mas não tenho dúvidas que ele com 73% dos votos na Bahia, influenciou sim. E isso num estado que tem a tradição de vinculação do candidato a governador com o presidente, foi muito importante”, conclui.
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