Ex-ministro de Bolsonaro, Anderson Torres pode ser condenado a até 91 anos de prisão se for provado todos os crimes em que ele é investigado. Torres é investigado por crimes como terrorismo, tentativa de golpe de Estado e associação criminosa. Também ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, ele chega ao Brasil nesta sexta-feira (13), e irá se entregar à Polícia Federal.
A prisão de Torres foi decretada na última terça-feira (10), pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) após pedido da Advocacia-Geral da União e da Polícia Federal. A investigação é se o ex-secretário facilitou a realização do ato golpista do dia 8 de janeiro, quando radicais invadiram as sedes dos Três Poderes, em Brasília.
Segundo Moraes, o comportamento de Torres como secretário de Segurança Pública do DF foi “gravíssimo” e poderia colocar em risco a vida do presidente, de parlamentares e de ministros do Supremo.
Como Torres está nos Estados Unidos, ele não foi preso imediatamente. Em busca e apreensão na sua casa, a Polícia Federal encontrou uma minuta de decreto golpista, que buscava instaurar um estado de defesa na sede do Tribunal Superior Eleitoral, o que aumentou os indícios de que o ex-mandatário planejava um golpe na Constituição para se manter no poder.
O material tem indicação de ter sido feito após a realização das eleições e teria objetivo de apurar abuso de poder, suspeição e medidas ilegais adotadas pela presidência do TSE antes, durante e depois do processo. A PF vai investigar as circunstâncias de elaboração da proposta.