O prefeito Colbert Martins (MDB) anunciou, na última sexta-feira (15), que a Micareta de Feira de Santana irá acontecer após uma indefinição, que só foi acabar com a revogação do decreto de estado de emergência para secas e chuvas.
Um questionamento, que fica para muitas pessoas, é se vale a pena ter uma festa tão cara, com a cidade tendo grandes problemas básicos, como ficou claro nos alagamentos dos últimos meses.
"São postos de saúde sem remédios, sem insumos, pagamentos atrasados. Então, para ter uma festa bonita, tem que estar tudo em dia. Eu gosto de festa, mas só espero não ter festa hoje para endividar a prefeitura e o povo pedir esmola pela consulta, pela cirurgia, por um medicamento que não tem, porque a situação em Feira está crítica", comentou o vereador Luiz da Feira (AVANTE), em entrevista ao Portal Massa!, um dos poucos parlamentares presentes na Câmara de Vereadores, nesta terça-feira (19).
O vereador inclusive revelou que funcionários do Samu que trabalharam na Micareta de 2023 ainda não receberam os pagamentos referentes aos serviços realizados na festa.
Já o vereador Lulinha (União) pensa diferente e avalia que a festa reúne milhares de foliões, movimentando a economia do município, podendo até ser uma chance de alívio econômico.
"A maior festa do interior da Bahia do Brasil é a Micareta de Feira de Santana. Muitas pessoas já estavam na expectativa, muitas pessoas já estavam arrumadas para essa festa, investindo para poder na a micareta, poder ganhar o seu dinheirinho que ganham ano em ano. No micareta de feira. Então o prefeito acertou, tem que fazer a festa, porque a festa é a tradição de Feira de Santana. A micareta é a maior do Brasil e Feira de Santana é uma expectativa muito grande para os empresários, comerciantes, no modo geral, circula o dinheiro na cidade, né? Para todo mundo, para aqueles hotelaria, para cervejaria, para o comércio em geral, para roupa, para tudo. Então é um movimento grande, não só de Feira, mas do interior da Bahia, que investe em Feira de Santana e principalmente aqueles barraqueiros, né? Que sobrevivem da questão do Micareta de Feira quando faz aquelas festas todos os anos, né? E ganha seu recurso para poder sustentar seus filhos", comentou Lulinha.
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