A Equipe técnica do Tribunal de Contas da União (TCU) realizou uma auditoria para analisar motivações para a viagem do ex-presida Jair Bolsonaro aos Estados Unidos, mas não identificou nenhum interesse público. O ex-chefe do Executivo partiu para o os EUA em dezembro de 2022, para não passar a faixa presidencial ao eleito presidente Lula, e retornou ao Brasil em março de 2023.
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, a viagem custou aos cofres públicos R$ 800 mil reais, incluindo diárias de segurança, hospedagens, aluguel de veículos, contratação de intérpretes e auxiliares locais.
“No presente caso, em nenhum momento foi revelado o interesse público capaz de sustentar a legalidade de uma viagem altamente dispendiosa nas últimas horas de seu mandato”, afirma o relatório obtido pela coluna de Paulo Cappelli, do Metrópoles.
O deputado federal Elias Vaz de Andrade (PSB) foi quem apresentou ao TCU questionamentos sobre os motivos das viagem de Bolsonaro.
O rolê do ex-presida mobilizou, na correria, 35 pessoas entre militares e civis. A equipe contava com seguranças e assessores de Bolsonaro.
A Unidade de Auditoria Especializada apontou que, se confirmada a ausência de “justificativa lógica e aceitável” para a viagem, Bolsonaro ter descumprido os princípios do interesse público, da moralidade e da legalidade na administração pública.