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Falou e disse! - 18/09/2023, 18:43 - Cássio Moreira

Objetivo da CPI é criminalizar o MST, detona deputado petista

Valmir Assunção brada sobre possível indiciamento em relatório

Deputado participou de um evento nesta segunda-feira (18)
Deputado participou de um evento nesta segunda-feira (18) |  Foto: Denisse Salazar / Ag. A TARDE

O deputado federal Valmir Assunção (PT) acusou o relator da CPI do MST, Ricardo Salles (PL), de tentar criminalizar o movimento social. A fala aconteceu em papo com a imprensa, nesta segunda-feira (18), durante agenda em Salvador. “A CPI do MST está chegando ao final, tem um relatório que vai ser apresentado. Me surpreendi hoje com diversas informações que o relator Ricardo Salles iria pedir indiciamento de uma série de lideranças”, meteu Valmir, que continuou.

“Entre as lideranças, está o general G. Dias, eu, assessores. Isso para mim é uma surpresa, porque a CPI nasceu onde eles iriam investigar fatos determinados e era uma CPI que a gente dizia que era política, que era um a gente dizia que a CPI já tinha um relatório pronto e era para criminalizar os movimentos sociais, do qual minha surpresa, eu não achava que a CPI era contra mim e nem contra o general Dias. Eu achava que a CPI poderia cumprir um papel fundamental, que era modernizar o INCRA, pressionar o governo para colocar um orçamento mais robusto, avançar no processo de titulação das terras, fortalecer justamente a reforma agrária para diminuir os conflitos que existem no Brasil, mas não, é para criminalizar”, disparou o deputado federal, figura ligada ao MST.

Valmir ainda garantiu estar tranquilo, mesmo com o possível indiciamento. “Eu estou muito tranquilo com relação a esse aspecto, porque foi justamente no governo Bolsonaro que mais de 20 dias a Polícia Federal passou nos assentamentos no extremo sul. Se tivesse alguma coisa contra mim, a Polícia Federal tinha me denunciado, sem dúvida nenhuma, tinha me denunciado. É porque eles querem continuar fazendo um palanque, debatendo, discutindo. Se tem uma coisa que eu tenho orgulho na minha vida, é ser assentado em um projeto de reforma agrária, apoiar os movimentos sociais, ser militante do MST. Isso nem o Salles, nem CPI, nem indiciamento vai tirar de mim. Eu sou o que eu sou pela luta do Movimento Sem Terra e a luta dos movimentos sociais. Vou continuar defendendo as mesmas coisas e as mesmas bandeiras. Agora, todas as denúncias, por ventura que ele possa apresentar no relatório dele, eles vão ter que provar. Porque se não provar, isso significa eu fazer o caminho que é o que? Da justiça, processar para poder colocar para a sociedade de fato o que Eduardo Salles está tentando fazer e o que nós fizemos ao longo desse ano.", disse ele.

Por fim, o deputado pontuou a importância do seu trabalho ao longo desses anos. " O que nós fizemos ao longo desse ano foi criar oportunidade para filho de Sem Terra, Sem Terra, assentado e acampado, ter o poder de terra, ter dignidade, ter cidadania, ou seja, ser cidadão e cidadão respeitada no nosso país. Então isso eu não tenho dúvida. Vou continuar na luta, debatendo, discutindo. Nós vamos enfrentar o relatório de Ricardo Salles. Quem eu defendo na sociedade sempre esteve comigo e estará comigo, que é o Sem Terra, é indígena, é quilombola, é as organizações do movimento negro e ao mesmo tempo mulheres, jovens, é o povo trabalhador e pobre desse Brasil que todos os dias que eu estou em Brasília, eu estou defendendo lá minha posição e que é uma posição construída coletivamente, então por isso que eu tenho tranquilidade”, finalizou o parlamentar, finalizou ele.

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