Alma cultural do povo baiano, o Teatro Castro Alves (TCA) receberá uma reforma de responsa a partir da próxima segunda-feira (4). As cadeiras da sala principal vão dar lugar aos tapumes e aos operários das obras, que devem ser concluídas em 24 meses. O secretário estadual de Cultura, Bruno Monteiro, ressaltou a importância do equipamento para as artes e para a sociedade baiana.
"Não estamos falando somente de um prédio. O que dá vida e sentido é justamente as pessoas que constroem e fazem essa história acontecer. Aqui é um equipamento que ao longo de 57 anos move amores, paixões, sentimentos afetivos de pessoas que já passaram por aqui e com certeza tem muita história para contar, de algum show, de algum espetáculo. O TCA conjuga amores", destacou o titular da Secult.
A previsão inicial é de cerca R$ 160 milhões investidos nas obras, que serão tocadas por uma empresa vencedora do processo de licitação, com possibilidade de chegar a até R$ 250 milhões. A sala principal do teatro passará por uma modernização, além da requalificação do jardim suspenso e intervenções em áreas como salas administrativas e dependências dos corpos artísticos. A reforma surge após um incêndio atingir o equipamento em 2023.
Presente no evento, o presidente da Conder, José Trindade, ressaltou que não só a classe artística será beneficiada com a reforma, mas a sociedade baiana como um todo.
“Não só a classe artística da Bahia, mas toda a sociedade, a cultura da Bahia e do Brasil, terá esse novo Teatro Castro Alves daqui a 24 meses, pronto e reformado, para que a gente tenha grandes espetáculos aqui”, pontuou.
O governador Jerônimo Rodrigues (PT) aproveitou sua fala para fazer um chamado de participação de geral, além de garantir transparência para a população durante o período de obras.
"Não é qualquer obra. Não existe qualquer obra, toda obra requer um cuidado, mas essa, além do seu tombamento, é o valor que tem aqui dentro desse patrimônio [...] É um esforço de resistência muito grande. Nós não vamos deixar a sociedade sem as informações, vamos fazer atos culturais. Eu vou querer com que a gente possa fazer uma agenda de mobilização cultural durante a obra. A sociedade vai compreender", afirmou Jerônimo.