No dia 31 de março de 1964, o Brasil sofreu com o começo de um período que moldaria profundamente seu futuro: a Ditadura Militar. Naquela época, o país enfrentava um cenário de turbulências política e social, com tensões entre diferentes grupos ideológicos e uma polarização que ia crescendo mais a cada dia.
Nas eleições de 1961, Jânio Quadros foi eleito presidente da república, porém ele renunciou, inesperadamente, após apenas sete meses de governo. Segundo documentos históricos e diversos pesquisadores, Jânio queria causar um choque em todo o Brasil, fazendo com que o Congresso, os militares e até mesmo a população implorasse pela sua volta ao poder. Porém, surpreendendo Jânio, a renuncia foi aceita pelo Congresso, e seu vice-presidente, João Goulart, assumiu a presidência, gerando preocupações entre os conservadores e as Forças Armadas devido às suas políticas 'reformistas' e sua proximidade com grupos de esquerda.
Durante o governo Goulart, todas as medidas tomadas por ele como planos para o Brasil eram fortemente criticadas por setores mais conservadores da sociedade e por parte das Forças Armadas, que temiam um avanço da esquerda no Brasil e uma suposta 'ameaça comunista'.
Por conta desta polarização política e social, o golpe militar de 1964 aconteceu. Segundo o exército e seus apoiadores, a medida era uma intervenção para preservar a ordem e combater a ameaça comunista no Brasil, porém o regime militar durou até o ano de 1985.
Neste período, diversos nomes surgiram, e vários deles são bem conhecidos até os dias de hoje.
Luís Inácio Lula da Silva, que é nada mais, nada menos do que o atual presidente do Brasil pela terceira vez, sendo a única pessoa a conseguir ser eleito três vezes para o posto;
Dilma Rousseff, na época uma árdua ativista que protestava contra a ditadura, chegou até a ser presa, torturada e condenada por fazer parte de supostas organizações clandestinas. Dilma foi e é, até então, a única mulher a ser eleita presidente da república. Ela governou de 2011 até 2016, quando foi retirada do posto de presidente através do impeachment.
Carlos Marighella foi um guerrilheiro e líder da Ação Libertadora Nacional (ALN). Ele foi uma figura proeminente na luta armada contra a ditadura. Autor do "Manual do Guerrilheiro Urbano", defendeu táticas de guerrilha urbana e resistência armada contra o regime militar que assombrou o Brasil, entre 1964 e 1985.
Diversos artistas também surgiram durante o período, em vários movimentos. O mais famoso entre eles foi a tropicália, que trouxe nomes como Caetano Veloso, Maria Bethânia, Chico Buarque, Gilberto Gil e Geraldo Vandré, este último compôs uma das músicas mais emblemáticas da história da Ditadura. A canção "Pra não dizer que não falei das flores" traz uma forte reflexão sobre o período de tensão e perigo que todos viviam durante a ditadura.
Fatores como o desrespeito de certos grupos e apoiadores de políticos com as instituições democráticas e o autoritarismo em discursos políticos. Principalmente no governo Bolsonaro, pontos como a violência política e repressão de políticos e eleitores de oposição se fez muito presente.
Embora essas semelhanças sejam consideradas preocupantes, é importante ressaltar que o Brasil é hoje uma democracia consolidada, com instituições mais robustas e uma sociedade civil mais engajada.
Ainda hoje, a democracia brasileira enfrenta grandes desafios. Embora tenha sofrido o atentado do dia 8 de janeiro de 2023, a maior parte da população está ciente dos erros cometidos durante a ditadura e está disposta a não repetir estes erros.