Investigados no inquérito do caso das joias, O militar Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, e o seu pai, o general Mauro Lourena Cid, terão que prestar novos depoimentos à Polícia Federal nesta terça-feira (18).
Os investigadores marcaram o depoimento depois de descobrirem, nas investigações feitas nos Estados Unidos, que uma nova joia também pode ter sido negociada pelos aliados do então presidente Jair Bolsonaro. A investigação acontece com a colaboração do FBI, que participou de oitiva anterior dos suspeitos, em abril.
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Um dos principais fechamentos de Bolsonaro, Mauro Cid fechou um acordo de delação premiada para puder reduzir a pena. Por isso, os investigadores querem saber se ele sabe sobre esse segundo objeto.
"Houve um encontro de um novo bem vendido ou tentado ser vendido no exterior. Tecnicamente tem o poder de robustecer a investigação que tem sido feita. Desde a apreensão no aeroporto, até hoje. Expectativa é concluir em junho [o inquérito da joia]", declarou Andrei Rodrigues, diretor-geral da PF.
A princípio, a suspeita é de que Mauro Cid e Mauro Lourena Cid teriam vendidos as joias que foram enviadas pelo governo da Arábia Saudita para o governo brasileiro. Bolsonaro também é alvo do inquérito e deve ser indiciado nos próximos dias.
Segundo o diretor-geral da PF, o inquérito das joias deve ser concluído ainda neste mês de junho.