Mais um caso de assédio eleitoral está sendo investigado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). O novo episódio teria ocorrido com um empresário do setor do agronegócio do oeste da Bahia. Um dos crimes investigados seria a de uma orientação para que funcionárias colocassem “o celular no sutiã” para que o voto delas fosse filmado na urna eletrônica e comprovar, posteriormente, que votaram conforme sua imposição.
Segundo o MPT, um inquérito foi instaurado na segunda-feira (17) e o órgão deu dois dias para manifestação da defesa do suspeito. Foi identificada a circulação de áudios em redes sociais nos quais o ruralista confessa ter feito vários atos ilegais envolvendo a coerção de trabalhadores a votar em determinado candidato à Presidência.
O MPT expediu ainda uma recomendação para que ele imediatamente se abstenha de manter ou reiterar as práticas ilegais.
Este é o segundo caso sobre assédio eleitoral que o MPT investiga e que óbtem provas nas eleições de 2022 no oeste baiano. A região é conhecida pela forte atividade de produção de commodities agrícolas. Outros seis casos também estão sob análise do órgão.
Segundo o MPT, no país chegou a marca de 419 casos de assédio eleitoral, em um número que chega ser mais que o dobro do que na última eleição presidencial, que ficou em 212.