
A indicação do advogado Cristiano Zanin para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), não é unanimidade. Algoz do petista, o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) detonou a escolha.
Zanin foi advogado de Lula no âmbito dos processos da Lava Jato, enquanto Moro foi o juiz responsável pela condenação do chefão do Planalto. Segundo o senador, a indicação de alguém próximo não tem precedentes no Brasil. O parlamentar, porém, esqueceu da indicação do ministro Marco Aurélio Mello, feita pelo então presidente Fernando Collor de Mello.
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“A minha crítica não é à pessoa, mas ao fato de ser indicado alguém muito próximo ao presidente da República, alguém que foi advogado pessoal e que é amigo pessoal do presidente. Nós não temos precedente histórico aqui no Brasil em relação a isso”, afirmou o ex-juiz.
"Nós buscamos um Supremo Tribunal Federal que tenha qualidade, mas tenha também independência. Então a grande dúvida é se uma pessoa com laços tão próximos com o presidente da República teria a independência necessária para separar as duas coisas: a amizade e o trabalho profissional”, disparou.