A presença Sérgio Moro, eleito senador pelo Paraná, no debate exibido pela Band, chamou a atenção das pessoas. Nome ligado a Lava-Jato, desmontada pelo governo federal no ano passado, o ex-juiz trocou que agora parece está em momento de reconciliação, viveu entre 'tapas e beijos' com Bolsonaro durante o governo do chefe do Executivo.
Ambos romperam em 2020, após Moro deixar o cargo no Ministério da Justiça acusando Bolsonaro de tentar interferir na Polícia Federal para ter acesso a informações confidenciais. Entretanto, a aliança voltou no fim do primeiro turno. Moro vinha tentando, por semanas, se colar no bolsonarismo para levar a eleição no Paraná. E deu certo.
"Lula não é uma opção eleitoral, com seu governo marcado pela corrupção da democracia. Contra o projeto de poder do PT, declaro, no segundo turno, o apoio para Bolsonaro", escreveu Moro em seu Twitter, no dia 4 de outubro. Bolsonaro retribuiu o apoio.
Juntos novamente como se nada tivesse acontecido, os dois foram centro de polêmicas marcantes na relação conturbada entre o presidente e aquele que ficou conhecido como o maior “traidor” pelo bolsonarismo.
Além de afirmar que Bolsonaro queria interferir na Polícia Federal, Moro afirmou que foi "sabotado pelo presidente".
"No combate à corrupção, eu fui sabotado pelo presidente, todo mundo sabe disso. O presidente da República me convidou dizendo que eu teria carta branca para fazer o meu trabalho e consolidar os avanços contra a corrupção, disse que me mandou embora porque eu não protegi os filhos dele de investigações por corrupção, por rachadinhas. Eu jamais faria isso".