O ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, 'pegou ar' e criticou, nesta quinta-feira (27), a tentativa de golpe na Bolívia contra o governo de Luis Arce. O Brasil já havia emitido uma nota de repúdio na quarta-feira (26), e o chanceler reafirmou essa posição durante a abertura do 'Conselhão'.
“A democracia é um valor fundamental para o Brasil, como reafirmamos ontem ao rechaçar a inaceitável tentativa de golpe de Estado na Bolívia”, afirmou o chanceler.
Alexandre Padilha, ministro de Relações Institucionais, elogiou a atitude de Lula e de sua diplomacia por se posicionarem contra a tentativa de golpe de Estado na Bolívia. Ele também destacou que o continente não aceita mais ditaduras militares.
“[Queria] agradecer a postura firme da diplomacia brasileira e do presidente Lula no fato recente de ontem, onde mais uma vez a democracia na América Latina esteve em risco. E a posição do presidente Lula e do ministro Mauro Vieira foi decisiva para apoiar as forças democráticas na Bolívia, dizendo que não aceitamos mais ditaduras e golpes na América Latina”, afirmou Padilha.
Na quarta-feira, militares liderados pelo comandante Juan José Zuñiga se concentraram na sede do governo, em La Paz, para tomar o poder do país. No entanto, a situação foi contornada pelo presidente Arce, que demitiu três chefes das Forças Armadas e nomeou seus substitutos.
O novo comandante do Exército, José Wilson Sánchez, ordenou que todas as tropas fossem desmobilizadas, o que ocorreu após horas de tensão. Zuñiga foi para a 'jaula' e alegou que o próprio presidente Arce realizou um autogolpe para aumentar sua popularidade.