O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, saiu em defesa de seu colega de cadeira, Gilmar Mendes, nesta sexta-feira (28), em relação à realização do “Gilmarpalooza”. O evento foi promovido por uma instituição de ensino superior de Gilmar, sem muita transparência e reuniu ministros, empresários, advogados e lobistas, gerando críticas que Dino considerou "esdrúxulas".
“Uma visão anômala, esquisita, esdrúxula, eu diria, de parte da população brasileira que vê sentarem no mesmo auditório advogados, professores, acadêmicos, magistrados como algo negativo. A meu ver, é algo muito esquisito, atípico, soa muito mal nos meus ouvidos”, disse Dino durante palestra no Fórum de Lisboa.
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Questionado sobre o evento ser realizado em Portugal, Dino mencionou que isso ocorreu porque talvez não fosse possível realizá-lo no Brasil devido à "confrontação física", algo que vem acontecendo entre parlamentares nas últimas semanas.
“O Parlamento brasileiro vive um momento em que a confrontação física se tornou método ordinário – no duplo sentido da palavra”, afirmou.
“Por que fazer esse fórum em Lisboa? Porque talvez no Brasil fosse impossível, infelizmente. Quem visita o Congresso Nacional, como eu visitei muito recentemente, sabe do que eu estou falando”, completou.