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Atos Antidemocráticos - 24/04/2023, 07:39 - Anderson Orrico

Militares do GSI prestam depoimento à PF sobre atos golpistas

Quantidade do efetivo foi usada como desculpa para não atuarem

Depoimentos ocorreram nesse domingo
Depoimentos ocorreram nesse domingo |  Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Nesse domingo (23), militares do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) prestaram depoimento à Polícia Federal sobre a atuação nos atos golpistas do dia 8 de janeiro, em Brasília. Segundo eles, não efetuaram prisões dos invasores do Planalto porque poderiam colocar em risco suas próprias vidas.

O GSI é o órgão do governo que cuida da segurança do presidente e do patrimônio da Presidência da República. Ao todo, nove militares foram ouvidos pela PF por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (SFT), Alexandre de Moraes.

Um novo capítulo da novela dos atos veio à tona após a divulgação de imagens inéditas da invasão no Palácio do Planalto. Nos vídeos é possível ver servidores do GSI caminhando entre os golpistas. Depois que as novas imagens foram publicadas, o general do Gonçalves Dias pediu demissão do órgão.

A investigação procura saber se houve algum tipo de colaboração com os golpistas. Todo o material do circuito interno foi divulgado pelo GSI no sábado (22), também por ordem de Moraes.

Nas imagens, também é possível ver agentes conversando com os invasores e alguns momentos em que os servidores do GSI orientam os invasores a sair das salas e gabinetes.

Água para os golpistas

Em um dos trechos do circuito interno, o major José Eduardo Natale entrega água aos invasores. À PF, ele afirmou que se tratava de uma técnica de gerenciamento de crise.

Ele disse ainda que os golpistas entraram atrás dele na cozinha de uma das salas da Presidência exigindo água.

Os militares disseram que os golpistas estavam em um número muito superior ao efetivo do GSI e que não tinham como conter eles. Relataram ainda que a estratégia era fazer uma "limpeza" de cima para baixo. Ou seja, retirar extremistas dos andares superiores para serem presos no segundo andar.

Militares que prestaram depoimento

Os militares que prestaram depoimento constam em uma lista enviada pelo GSI ao STF. Essa lista aponta servidores do órgão que estavam no Planalto no dia da invasão. Só será possível descobrir se tiveram participação após as investigações.

São eles:

Carlos Feitosa Rodrigues, ex-secretário de Segurança e Coordenação Presidencial do GSI

Wanderli Baptista da Silva Júnior, ex-diretor-adjunto do Departamento de Segurança Presidencial do GSI

Alexandre Santos de Amorim, coordenador de Avaliação de Riscos do GSI

André Luiz Garcia Furtado, coordenador-geral de Segurança de Instalações do GSI

Alex Marcos Barbosa Santos, adjunto da Coordenação Geral de Segurança de Instalações do GSI

Marcus Vinícius Bras de Camargo, chefe da Assessoria Parlamentar do GSI

José Eduardo Natale de Paula Pereira, ex-coordenador de Segurança das Instalações Presidenciais de Serviço do GSI

Adilson Rodrigues da Silva, auxiliar da Coordenação Geral de Segurança de Instalações do GSI

Laércio da Costa Júnior, encarregado de Segurança de Instalações do Palácio do Planalto

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