A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro abriu o bico pela primeira vez, nesta segunda-feira (17), desde que o maridão Jair Bolsonaro (PL) deixou o Planalto, e negou que a família tenha destruído os móveis do Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República. A declaração foi feita ao canal CNN Brasil.
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Em tom de desabafo, Michelle afirmou ter encontrado tudo 'acabado' quando chegou ao local, em 2019. A ex-primeira-dama e presida do PL Mulher ainda disse que seu único erro foi não ter sido 'malandra' e não ter filmado o estado da mobília. Michelle Bolsonaro também jurou que alguns alguns lençóis eram utilizados na casa desde os tempos de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que governou o país entre 1995 e 2002.
"Não há nada de verdadeiro no que vem sendo dito. Há um setor de patrimônio, que cuida de toda a mobília do Palácio da Alvorada [...] Tudo é demorado e burocrático, e está registrado", disparou Michelle, que completou afirmando que não tinha experiência.
"A gente não tinha experiência [...] Quando a gente chegou, o mobiliário já estava desgastado [...] Eu cometi um erro, não tive a maldade. Se soubesse que seria a acusada de ter deteriorado o mobiliário, teria feito um vídeo de tudo, mas não tinha essa maldade", continuou.
Michelle ainda disse que membros da sua equipe foram expulsos pelos assistentes do atual governo, e que por isso não houve uma conversa sobre os móveis.
"Me acusam de furto, mas o que faltou foi uma transição. O meu administrador foi expulso sob escolta no dia 3 de janeiro, os meus funcionários foram todos convidados a se retirar", disparou a ex-primeira-dama.
A atual primeira-dama, Janja da Silva, mostrou o estado do Palácio quando se mudou. Alguns móveis tinham até mesmo marcas de pés.