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Difícil - 14/07/2023, 09:52 - Vinicius Rebouças

Mauro Cid revela relação conturbada com Michelle Bolsonaro

Ex-ajudante de Jair Bolsonaro desabafa pelos quatro cantos de Brasília

Mauro Cid detalha relação com Michelle Bolsonaro como pior possível
Mauro Cid detalha relação com Michelle Bolsonaro como pior possível |  Foto: Montagem Massa/ Isac Nóbrega/ Lula Marques/ PR

O tenente-coronel Mauro Cesar Cid manteve-se em silêncio na CPI do 8 de Janeiro na terça-feira última, no Congresso Nacional, mas nos corredores canta mais que Canário Belga. Os bastidores dos palácios do Planalto e da Alvorada, sob a gestão de Jair Bolsonaro (PL) são assunto recorrente. Ao menos é o que afima Rodrigo Pimentel, colunista do Metrópoles.

Na 'boca piu' Cid contou que ficava no meio do fogo cruzado entre Jair e Michelle, cuja relação com ele era a pior possível. “Dona Michelle era muito difícil e não gostava de mim. ”As desavenças estavam relacionadas a dinheiro.

Cid era responsável pelo pagamento das despesas da ex-primeira-dama e tinha ordens de Bolsonaro para quitar somente as despesas dela. O problema é que ela exigia que as despesas de familiares fossem pagas por ele e enviava os boletos assim mesmo. “Não ia me meter em briga de casal. Se ela pedia, eu depositava”, afirmou o tenente-coronel em uma das conversas, meses atrás, em tom de desabafo.

Apresentar as faturas pagas ao ex-presidente era um problema. Bolsonaro não aceitava a postura de Michelle. O que fazia o desgaste aumentar paulatinamente. “Ela (Michelle) falava pouco comigo. Quem falava comigo eram os assessores. Ela mandava dizer: ‘preciso disso’. E os assessores falavam comigo”, afirmou.

A situação entre Cid e Michelle degringolou quando ela passou a enviar o pagamento do boletos do cartão da amiga, Rosimary Cardoso Cordeiro, funcionária comissionada do Senado. Cid se recusou com medo do fantasma da rachadinha que já pairava sob Flávio e Carlos Bolsonaro, os filhos 01 e 02 do ex-presidente.

Para driblar o pepino, Cid foi enfático: “Não vou pagar boleto. Se me pedir dinheiro, eu passo o dinheiro, mas não vou pagar o boleto”, respondeu, segundo ele próprio.

Mesmo assim foram feitos pagamentos do plano de saúde do irmão, mensalidades da faculdade da irmã, depósitos em contas de outros parentes de Michelle que vivem na periferia de Brasília e, ainda, inúmeras entregas de recursos em espécie nas mãos de integrantes do staff que servia a Michelle. Saiu dinheiro até para ajudar no funeral da avó da primeira-dama.

Todos esses recursos, jura Mauro Cid, foram pagos com dinheiro das contas pessoais de Jair Bolsonaro. Nenhuma partiu do cartão corporativo do presidente. E que os pagamentos eram feitos em dinheiro para não haver rastreio. Ledo engano.

A Polícia Federal já estava de olho nisso há tempos e a investigação o coloca como personagem central do caixa paralelo que servia à então família presidencial.

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