Secretário de Comunicação no governo Jaques Wagner (PT), o hoje deputado estadual Robinson Almeida (PT) falou sobre a mudança de perfil na 'venda' da imagem da Bahia para o mundo durante as gestões petistas no estado. Em conversa com o Portal MASSA!, o parlamentar afirmou que a "verdade" é a matéria-prima desse novo modelo de comunicação.
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Robinson ainda atribuiu a Wagner a missão de democratizar a Bahia a partir de 2007 e, por sua vez, democratizar a comunicação. Ele também alfinetou o chamado 'carlismo', grupo liderado pelo senador Antônio Carlos Magalhães (m.2007).
"O governador Jaques Wagner foi eleito para democratizar a Bahia, pra republicanizar a Bahia. Antes dele, a Bahia tinha um dono, era uma oligarquia que comandava nosso estado, e a comunicação tinha que refletir esse novo momento, esse novo projeto. Então, democratizar a Bahia é democratizar a comunicação junto", iniciou o deputado, que completou.
"Implementamos uma política de investimento contemplando todo o estado, não apenas os grandes centros urbanos, valorizando as mídias tradicionais, como rádio que tinha força naquela época, e também incentivando essa nova mídia, a mídia digital, que ganhou força e espaço, e hoje é uma realidade. A matéria-prima era a verdade, mostrar o que é a Bahia, de fato, que o seu povo é negro, é originário, e que nós nos orgulhamos dessa história e dessa memória ancestral que faz o que nós somos hoje: uma Bahia diversa, da capital, do sertão, do trabalho, e esse foi o retrato que conseguimos implementar enquanto estratégia de comunicação. Creio que deu certo, tanto é que ajudou na renovação dos mandatos petistas ao longo desses 20 anos", explicou Robinson Almeida.
Comunicação e eleições de 2024
Pré-candidato petista ao Palácio Thomé de Souza, Robinson Almeida afirmou, ao ser questionado sobre como a mudança na comunicação do governo estadual pode impactar na disputa pela Prefeitura de Salvador, em 2024, que o que está em jogo é o interesse da população na solução de problemas estruturais da capital, como saúde e educação.
"Eu creio que nas eleições municipais, a população tem um maior interesse pelos temas municipais. As pessoas querem saber como vai resolver o problema do posto de saúde do seu bairro, a creche que falta pra seu filho, a demora do transporte. Os temas municipais são preponderantes numa disputa de prefeitura no ano que vem. É óbvio que nós vamos apontar os problemas e apresentar as soluções técnicas e o financiamento delas, porque nós somos a candidatura que tem a companhia do governador Jerônimo e do presidente Lula. Portas abertas para levar projetos e apoio, diferente do atual grupo, que oposição sistemática ao governador e ao presidente", afirmou o pré-candidato petista, que ainda explicou a força dos símbolos do partido.
"O chefe do grupo já se colocava como governador eleito e não combinou com a população, com os eleitores, e tirou uma grande derrota. Temos que ter humildade, as pesquisas são fotografias do momento. Todos se lembram que o atual governador, quando foi lançado, ele não pontuava, e a campanha o transformou em governador. O PT tem uma força emblemática dos símbolos e do número 13, a relação com o presidente Lula, amado pelo povo baiano. Tudo isso nos faz ter prudência de fazer uma campanha pé no chão e apresentar um programa alternativa para a cidade, porque queremos mudar Salvador e mostrar que uma outra Salvador é possível", pontuou.