
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avaliou, nesta terça-feira (13), a chegada do técnico italiano Carlo Ancelotti ao comando da Seleção Brasileira. O chefe do Executivo garantiu que não tem nada contra a nacionalidade do novo treinador, porém questionou se apenas a troca no comando técnico surtirá o efeito necessário.
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“Eu não tenho nada contra ser um estrangeiro. Tem muito brasileiro jogando no estrangeiro, temos técnicos no estrangeiro. [Mas] temos técnicos no Brasil que poderiam dirigir a Seleção. Nosso problema talvez seja mais estrutural, organizacional, para que a gente possa ter uma boa Seleção”, disse Lula, em entrevista ao jornal O Globo.
Lula enfatizou a capacidade do italiano de levar a Seleção ao título da Copa do Mundo, mas destacou o pouco tempo que Ancelotti terá para organizar o time.
“Acho muito difícil você ficar juntando jogadores 15 dias antes de um jogo, treinar dois dias, escalar um time e achar que vai ganhar, quando todo mundo se prepara muito. Acho que era preciso ter mais tempo”, afirmou o presidente.
Mudança de pensamento
Porém, nem sempre Lula apoiou a vinda de Ancelotti. Em 2023, o presidente preferia a contratação de um treinador brasileiro e, como justificativa, lembrou que o italiano nunca havia treinado a seleção do seu próprio país.
“Eu gosto do Ancelotti, mas ele nunca foi técnico da Itália. Se fosse resolver o Brasil, porque nunca resolveu a Itália?”, disse o chefe do Executivo.