Anunciado pela ministra Margareth Menezes como presidente da presidente da Fundação Cultural Palmares no governo Lula, o presidente do bloco afro Olodum, João Jorge falou da simbologia do órgão para o povo brasileiro.
"Ela é simbólica do país brasileiro e o presidente Lula entendeu isso a nomear, na realidade como diz a ministra da cultura, em nomear um baiano da cultura, da cultura pobre, da cultura do Olodum para tratar da Fundação dos próximos quatro anos. Vai ser um trabalho enorme mas responsável no tempo devolver a Fundação para os brasileiros", disse Jorge.
João Jorge que também é advogado lamentou o estado de "devastação" que ele encontrou a Fundação Palmares na sua primeira visita após ser indicado presidente a instituição.
"A Fundação Palmares ela se encontra numa situação devastadora. Ela foi o órgão da cultura mais atingido pelo seu próprio presidente. Então a situação é incrível. Um lugar que está os personagens da população negra, foram colocados quadros no deposito, tentativa de tirar os livros de lá. A Fundação quase que perde a sua alma. A alma na fundação é igualdade, identidade, equidade. Ela foi criada em 1938 pra ajudar o Brasil ser melhor. Então o relatório do grupo de transição mostra a dificuldade. Eu fui em Brasília, acompanhei com o presidente a situação como esta e vamos dar um upgrade no lugar, colocar pra funcionar, voltar a existir em todo o Brasil, em especial a Bahia que tem a população afrobrasileira desse país e ao mesmo tempo sinalizar o que é possível fazer no Brasil e no mundo com a Fundação dessa tamanha importância.
João participou na tarde desta sexta-feira, 6, da posse do novo secretário de Cultura da Bahia, Bruno Monteiro.