O governador Jerônimo Rodrigues (PT), negou qualquer conversa sobre a proposta de novo arcabouço fiscal com o relator, o deputado Cláudio Cajado (PP-BA). Além de sair pela tangente, jogou o assunto para a esfera superior.
"A gente respeita muito essa hierarquia, a responsabilidade do diálogo é do governo federal", afirmou ao Estadão. "Sobre o tema a gente não tem tratado necessariamente, não".
O governador cumpre está no Parque da Água Branca, em São Paulo, onde participa hoje (14) de uma feira do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST).
O questionamento é até pertinente, visto que o PP de Cajado fez parte da aliança que garantiu a governabilidade do PT na Bahia durante os governos de Rui Costa (PT), hoje ministro da Casa Civil. Na última eleição, o partido deixou a coalizão petista no Estado.
De acordo com o Muita Informação, Cajado informou que o relatório do novo marco fiscal deve ser apresentado na terça-feira (16).
De volta à capital paulistana, quando indagado sobre as chances de aprovação da reforma tributária no Congresso, Jerônimo evitou responder. "A minha expectativa é que a gente possa no mínimo iniciar um processo de construção de uma nova cultura em relação ao olhar da tributação sobre o consumo e os investimentos", afirmou.