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Não vai desistir! - 25/05/2024, 07:00 - Vinicius Portugal

Isidório fica na bronca com MP: "Como eu boto pra fora?"

Deputado bateu um papo com o Portal Massa!, e explicou situação de crianças e adolescente na casa de reabilitação

Deputado espera uma atitude maior do Ministério Público
Deputado espera uma atitude maior do Ministério Público |  Foto: Vinicius Portugal/Portal MASSA!

O deputado federal Pastor Isidório (Avante), responsável por comandar a Fundação Dr. Jesus, localizada próximo a Simões Filho, que ajuda no tratamento de milhares de dependentes químicos em todo o estado, ficou na bronca com o Ministério Público da Bahia (MP-BA). O motivo seria uma decisão do órgão que proíbe o internamento de menores de idade na casa de reabilitação.

De acordo com o MP, a Fundação trata os jovens da mesma forma que os adultos. Além disso, o MP afirma que os menores não possuem "capacidade civil para manifestar adesão voluntária a qualquer tratamento para dependência química sem autorização legal e judicial". A multa para descumprimento da ação judicial é de mil reais por dia.

Em entrevista ao Portal Massa!, odeputado afirmou que não conseguirá fechar as portas para esses jovens, que já são muito marginalizados pela sociedade e encontram na Fundação uma chance de salvação.

"Um promotor ou uma promotora pode não ter entendido o que é isso aqui. E também precisa cumprir a lei, porque existe a lei do ECA. Aí, como nós retiramos os meninos daqui? Teve aquela matéria no Fantástico, o juiz concedeu uma liminar para tirar os meninos e acho que tem uma multa de mil reais por dia por cada menor", revelou o pastor.

"Eles chegam com problemas de violência, ameaçados de morte por traficantes ou facções que querem matá-los. Chegam sozinhos ou com o pai e a mãe pedindo pelo amor de Deus para deixá-los ficar. Como é que eu boto para fora uma pessoa que chega aqui de madrugada, uma, duas horas da manhã, menino com facada na mão, com tiro na perna. Faço o quê, pelo amor de Deus?", questiona o deputado.

Isidório relatou que, quando questiona o Ministério Público sobre vagas, sempre ouve a mesma resposta: que não há vagas nos locais de acolhimento. O parlamentar então se vê na obrigação de ajudar esses jovens.

"Aí, eu comunico ao Ministério Público, no caso ao promotor, para arrumar um lugar para levar o jovem. O que a doutora Fábia falou? Que, lamentavelmente, não tem espaço. As únicas 120 vagas que o estado tem estão preenchidas. Não tem vaga. Tem um projeto Pérolas Rosas, algo assim, mas que também não tem vaga. Então, dizer 'saia com sua filha daí' sem dizer para onde, eu acho que a autoridade tem que dizer 'olha, já está aqui um lugar, pode vir'. Porque são pessoas drogadas, são crianças que estavam na rua, no relento", concluiu Isidório.

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