O Brasil tem 33 milhões de brasileiros que vivem na insegurança alimentar. Na Bahia, são 1,8 milhão de pessoas vivendo nesta situação, segundo dados da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede PENSSAN). Visando minimizar os danos causados pela realidade social, o Governo do Estado firmou uma parceria com o Instituto Terra Firme nesta segunda-feira, 6, durante evento no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM), em Salvador.
Segundo o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), a parceria vai chegar como uma 'via de mão dupla'. "O setor empresarial criou o Instituto Terra Firme para fazer seu papel social. E a união chega em bom momento. Momento onde o Brasil vem trabalhando bastante com o governo Lula para superar a pobreza, as desigualdades sociais, regionais, além do enfrentamento de um tema que é urgente: a fome", disse o gestor estadual.
Ainda de acordo com o governador, é fundamental que as iniciativas que visam o aspecto social sejam fortalecidas. "O instituto vem apoiar. Nós assinamos um termo de colaboração onde estabelecemos ações que o Instituto já vem desenvolvendo, que nos alegra bastante. A preocupação do Instituto é de evitar desperdício [de alimentos] e de apoiar iniciativas de outros segmentos, não só aqui na Bahia, mas em outros estados", acrescentou Jerônimo.
Também presente no lançamento, o prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), reiterou a importância do programa e do empresário que tem responsabilidade social.
"É sempre bom ver o surgimento de um novo instituto, de uma nova organização social. Em parceria com o Poder Público, o Instituto vai ajudar a transformar, a mudar a realidade da vida das pessoas. Também temos que enaltecer a importância do empresário que tem responsabilidade social. A chegada do Instituto Terra Firme vai permitir ajudar quem mais precisa", disse o prefeito.
Terra Firme
O Instituto Terra Firme nasceu com o objetivo de combater o cenário de fome e desperdício de alimentos. O programa vai trabalhar em conjunto com outros setores como uma forma de incentivo para o esporte, a cultura, o lazer, como explica a presidente do Instituto, Flávia Peres.
"Estamos totalmente ligados com as agendas da ONU, a exemplo do enfrentamento à violência contra a mulher, do combate à fome, do empreendedorismo. São várias agendas. Através de parcerias, que a gente tem não só na Bahia, a gente vai ajudar a fazer com que essas pessoas [em situação de vulnerabilidade] tenham mais uma ajuda. É um passo nesse grande movimento que a gente tem feito", explicou Flávia Peres.
A presidente reforçou ainda a importância da parceria com os órgãos públicos. "É fundamental iniciar os trabalhos com um termo de parceria com o Governo do Estado, que tem programas como o Bahia Sem Fome. A gente vem como instituto, como sociedade civil, incorporar e fazer uma ponte, ajudar para que mais pessoas tenham acesso à alimentação, não só na Bahia, mas em todo o Brasil", disse.
Ainda de acordo com Flávia, "o Instituto nasce por vários eixos, mas o principal deles é a insegurança alimentar e o combate à fome. Como o Governo do Estado já tem um programa muito sólido de enfrentamento à fome, que é o Bahia sem fome, nós procuramos a gestão estadual pra sermos fontes. A gente está aqui se colocando como parceiros, visando tirar um pouco da carga que o Estado tem de tantas ações [sociais] necessárias. A gente entra como um braço de apoio para poder ajudar não só nessas ações, mas em várias outras que o estado e o Brasil precisam. O enfrentamento à fome é uma necessidade urgente".