O ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 16 pessoas ligadas à fraude nos documentos dos sistemas do Ministério da Saúde podem estar em apuros ainda maiores. Um relatório da Polícia Federal (PF) indica que as adulterações nos cartões de vacinas podem ter sido realizadas na mesma época do planejamento do golpe de 8 de janeiro.
Segundo a Polícia Federal, existem provas contundentes para indiciar o grupo no inquérito que investiga as fraudes. O caso será analisado pelo Ministério Público Federal (MPF), onde será decidido se irá para a Justiça ou será arquivado.
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PF indicia Jair Bolsonaro por falsificar cartão de vacina
Além de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ) e mais 14 pessoas estão na lista negra dos indiciados pela PF. Mauro inclusive confirmou que o ex-presidente teria pedido para ele inseri-lo nos dados de vacinação contra a Covid-19, assim como sua filha Laura Bolsonaro.
"Conforme exposto em seu termo de depoimento, o colaborador Mauro Cid afirmou que, após a inserção dos dados falsos de vacinação contra a Covid-19 em benefício de Jair Bolsonaro e Laura Firmo Bolsonaro, o então ajudante de ordens imprimiu os certificados de vacinação ideologicamente falsos e entregou em mãos ao então presidente da República Jair Messias Bolsonaro", revela o relatório.