O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, surpreendeu a todos em Xangai em declaração à imprensa sobre a famosinha das compras Shein. Haddad afirmou que antes da repercussão sobre a taxação de impostos às encomendas internacionais ele nem conhecia a empresa.
“Vocês falam da Shein como se eu conhecesse. Eu não conheço a Shein. O único portal que eu conheço é o da Amazon, porque eu compro todo dia um livro, pelo menos”, disse Haddad a repórteres na porta do hotel em que o presidente Lula (PT) está hospedado em Xangai.
A Shein é uma das maiores varejistas chinesas, segundo o BTG Pactual, e já faturou mais de US$ 2 bilhões em vendas a brasileiros em 2021.
Apesar de o ministro da pasta econômica dizer que não conhece a gigante chinesa, estando na China, o ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e vice-presidente da República, Geraldo Alckmin encontrou, no mês passado, alguns representantes da Shein.
No dia 15 de março, representantes da Claure Group estiveram presentes no Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. A empresa fez, no começo deste ano, um investimento de US$ 100 milhões na Shein da América Latina.
Com a aquisição, o presidente da companhia, Marcelo Claure – que também esteve na reunião com Alckmin – passou a integrar o conselho consultivo da Shein. Em agosto de 2022, se tornou a pessoa mais rica da Bolívia, com patrimônio líquido de Claure estimado em US$ 2 bilhões, segundo a Bloomberg.
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