Durante uma reunião realizada em julho de 2022, o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, foi capturado em vídeo utilizando termos 'pesados' para se referir ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), inclusive, falando que enxergava o órgão como um "inimigo" militar da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro.
As gravações mostram diversas discussões sobre a atuação das Forças Armadas no processo eleitoral, visando manter Bolsonaro no cargo presidencial mesmo a força em caso de derrota nas urnas, como veio a acontecer. Nogueira afirmou sobre a importância de garantir transparência e segurança nas eleições, expressando o desejo coletivo de reeleger o presidente. A divulgação desse conteúdo aconteceu como parte da Operação Tempus Veritatis, uma investigação sobre uma suposta organização criminosa associada a uma tentativa de golpe de Estado no dia 8 de janeiro de 2023.
Durante a reunião, várias críticas fortes foram feitas ao TSE e ao sistema eleitoral brasileiro, com alegações de falta de transparência e credibilidade. Bolsonaro e demais membros do governo sugeriram que havia um esforço coordenado para garantir a vitória do então candidato e atual presidente da república Lula (PT), nas eleições. O TSE respondeu às críticas, afirmando ter aceitado algumas sugestões militares para aprimoramento das eleições, mas negando alguns pedidos de informações devido a questões de tempo.
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