Se engana quem pensa que a queda de braços entre o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente em fim de mandato, Jair Bolsonaro (PL), terminou na eleição do dia 30 de outubro. A equipe do futuro ocupante do Palácio do Planalto atua para 'barrar' as indicações restantes do ainda presidente para cargos no Judiciário e postos no exterior. A informação é de Valdo Cruz, em se blog no G1.
Segundo a publicação, o grupo ligado a Lula avalia que o ideal seria travar de uma vez as avaliações ainda pendentes no Senado, como as indicações de diplomatas, por exemplo. Bolsonaro ainda pode indicar até o dia 31 de dezembro, quando se torna um 'aposentado do Planalto', 16 desembargadores de tribunais regionais federais.
As indicações para os postos no exterior podem ser liberadas, mas serão analisadas pelo futuro ministro das Relações Exteriores, que ainda é desconhecido. A equipe de Lula acredita que os aliados de Bolsonaro possuem maior interesse nas indicações dos desembargadores, seja por interesse político, ou por processos que tramitam na Justiça.
Das 16 vagas disponíveis para TRF da 1 Região, sete são livres para indicação do presidente, o que permite que ele indique nome alinhados ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Kássio Nunes Marques, indicação sua para a Corte. Lula ainda pode avaliar Messod Azulay e Paulo Sérgio Domingues, nomes enviados ao Senado para as vagas no Superior Tribunal de Justiça (STJ).