Presidente eleito e agora diplomado, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), não escondeu sua emoção na cerimônia realizada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na tarde desta segunda-feira (12), em Brasília. Ele e seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), agora estão aptos para seus respectivos mandatos.
No seu discurso, Lula agradeceu ao povo brasileiro, que o escolheu para um terceiro mandato presidencial, e fez uma forte defesa do regime democrático, repreendendo as declarações do ainda presidente Jair Bolsonaro, a quem não citou. Ele ainda elogiou o trabalho do Supremo Tribunal Federal (STF) e Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
"Este não é um diploma do Lula presidente. É um diploma de uma parcela significativa do povo que ganhou o direito de viver em democracia. Vocês ganharam esse diploma. Na minha primeira diplomação em 2002, lembrei da ousadia do povo brasileiro em conceder, para alguém tantas vezes questionado por não ter diploma universitário [...] Eu quero pedir desculpas pela emoção, porque quem passou o que eu passei nesses últimos anos, estar aqui agora é a certeza de que Deus existe", começou Lula.
"Poucas vezes na história desse país a democracia esteve tão ameaçada, a vontade popular foi tão colocada à prova e teve que vencer tantos obstáculos para enfim ser ouvida", continuou o presidente eleito, que ainda citou a coragem do STF e os frequentes questionamentos feitos pelos bolsoristas acerca da confiança das urnas eletrônicas.
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"Quero destacar a coragem do Supremo Tribunal Federal, do Tribunal Superior Eleitoral que enfrentaram toda a sorte de ofensas, ameaças e agressões para fazer valer a soberania do voto popular. Os inimigos da democracia lançaram dúvidas sobre as urnas, cuja confiabilidade é reconhecida há muito tempo por todo o mundo. Ameaçaram as instituições, criaram obstáculos de última hora para que eleitores fossem impedidos de chegar a seus locais de votação, tentaram comprar o voto dos eleitores com falsas promessas de dinheiro farto desviado do orçamento público", disse o petista.