O deputado federal Elmar Nascimento (União) mostrou toda sua indignação após a escolha de Arthur Lira (PP-AL) em apoiar Hugo Motta (Republicanos-PB) para sua sucessão na Câmara. O baiano alegou que, apesar do apoio do atual presidente da Casa ser legítimo, "quem não cumpre sua palavra, pode mandar, mas não lidera".
“A palavra empenhada deve ser pilar dessa liderança. Confiança e respeito aos compromissos são essenciais para a integridade do processo legislativo. Quem não cumpre sua palavra, pode mandar, mas não lidera”, disse Elmar nesta terça-feira (29), em seu X.
Elmar também falou em "unanimidade artificial" ao relembrar a intenção de Lira de buscar um nome de consenso na Câmara. O parlamentar baiano citou Nelson Rodrigues, que dizia: "Toda unanimidade é burra. Quem pensa com a unanimidade não precisa pensar".
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Por fim, Elmar comentou sobre sua aliança com Antonio Brito (PSD). Nesta terça, ambos se reuniram com a bancada petista em busca do apoio da segunda maior sigla da Câmara. Os baianos concordaram em se unir na intenção de derrubar Hugo Motta.
“Reconhecemos afinidades e valores comuns com o colega Antonio Brito, consolidando princípios que norteiam nossas campanhas. Estabelecemos uma aliança estratégica: quem avançar ao segundo turno terá o apoio do outro”, disse Elmar, encerrando a publicação com um pedido de apoio aos colegas parlamentares.
O parlamentar passou boa parte do ano sendo considerado o favorito para suceder Arthur Lira na presidência da Câmara, devido à sua proximidade com o progressista. No entanto, viu tudo mudar com a chegada de Hugo Motta, em uma articulação liderada pelo presidente do Republicanos, Marcos Pereira.