Após as Eleições Municipais de 2024, Salvador enfrenta um grande - mas não novo - desafio de limpeza devido à quantidade de material eleitoral espalhado pelas ruas.
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A Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb) iniciou uma operação especial no domingo (6), logo após o encerramento das votações, para remover o grande volume de santinhos e outros materiais de campanha eleitoral descartados irregularmente, e segue com as equipes na rua nesta segunda-feira (7).
De acordo com Marco Bandeira, gerente de operações da Limpurb, a operação começou às 19h de domingo, quando as urnas foram fechadas.
“Hoje [segunda-feira] estamos com 100% do nosso pessoal nas ruas, mais de 2.000 agentes de limpeza nos bairros e nos 460 locais de votação”, afirmou.
Entre os locais mais críticos, onde a presença de santinhos e outros materiais eleitorais foi intensa, estão grandes zonas de votação, como o Colégio Luis Viana, em Brotas, o ICEIA, no Barbalho, e a região do Imbuí. Esses locais, segundo Marco, concentraram uma grande quantidade de sujeira pós-eleição.
Desafio GG
Em comparação com eleições passadas, a perspectiva para 2024 é ainda mais desafiadora. Em 2016, foram recolhidas 125 toneladas de resíduos eleitorais, enquanto em 2020 esse número saltou para 150 toneladas. Para este ano, de acordo com Marco, a estimativa é de que o volume ultrapasse esse total.
Destino do lixo recolhido na cidade
O material recolhido pela operação será destinado às cooperativas de reciclagem credenciadas pela Limpurb. Marco explicou que o material que estiver limpo será separado e enviado diretamente às cooperativas, enquanto aquele que estiver misturado com lixo orgânico será encaminhado ao aterro sanitário.
A prática de espalhar santinhos e material de propaganda nas ruas no dia da eleição, além de prejudicial ao meio ambiente e à limpeza urbana, configura crime eleitoral, com pena de detenção de seis meses a um ano, além de multa e prestação de serviços à comunidade.