Em carta aberta que será transmitida ao Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra na Sessão Especial na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) nesta segunda-feira (17) o presidente do Partido dos Trabalhadores da Bahia, Éden Valadares, defendeu a legitimidade do movimento, se solidarizou com a mobilização do Abril Vermelho enalteceu a luta dos trabalhadores rurais. “Uma agenda cada vez mais urgente e contemporânea”, disse. O dirigente estadual acrescentou ainda que o MST é o mais “generoso” dos movimentos e está sempre presente nas principais lutas da classe trabalhadora.
“Defender a luta do MST e dos movimentos sociais do campo é estar ao lado da Constituição Federal e seu instrumento de desapropriação da terra para fins de reforma agrária ou para a criação de reservas ecológicas. Uma agenda cada vez mais urgente e contemporânea, aliada às preocupações mundiais de defesa do meio ambiente e da busca por mais igualdade e justiça social”, afirmou Éden na carta.
“O PT Bahia se solidariza com a mobilização do Abril Vermelho e refuta a estratégia fascista de organizar milícias armadas para perseguir e atacar o MST. A questão fundiária e a concentração de terras no Brasil são uma profunda chaga que impedem o desenvolvimento do nosso país, o combate à fome e à extrema pobreza, a possibilidade de maior igualdade regional e, em último caso, a constituição de um Brasil realmente democrático”, continuou o dirigente.
Na carta, o presidente do PT Bahia diz ainda que a luta do MST desnuda erro histórico da questão fundiária e concentração de renda e “lança luz sobre o grave quadro social e auxilia governos e sociedade civil a produzirem soluções pactuadas para o problema”. “Defender a luta do MST e dos movimentos sociais do campo é estar ao lado da Constituição Federal e seu instrumento de desapropriação da terra para fins de reforma agrária ou para a criação de reservas ecológicas. Uma agenda cada vez mais urgente e contemporânea, aliada às preocupações mundiais de defesa do meio ambiente e da busca por mais igualdade e justiça social”.
Leia a carta na íntegra:
MENSAGEM AO MST
Companheiros e companheiras do movimento dos trabalhadores rurais sem-terra,
2022 foi definitivamente histórico. Após anos de perseguição, injusta condenação e ilegal prisão, elegemos Luís Inácio Lula da Silva Presidente do Brasil e reacendemos a chama da esperança da democracia e reconstrução do nosso país. Na Bahia, desafiando previsões estatísticas de pesquisas e um aparato político, partidário e midiático, derrotamos a tentativa de retorno da oligarquia local, elegendo Jerônimo Rodrigues Governador - um homem do povo, um professor, filho de um vaqueiro e de uma costureira, com intenso compromisso com a luta das organizações populares, movimentos sociais e do povo baiano.
Em todas as etapas dessa história, desde ao acampamento em Curitiba até as caminhadas pelos quatro cantos da campanha na Bahia, o MST foi protagonista, com fidelidade e lealdade ímpares. Em nome do PT Bahia agradeço aos trabalhadores e trabalhadoras sem terra pela parceria e companheirismo e, mais uma vez, faço um reconhecimento público: o MST não é somente o maior e mais simbólico dos movimentos sociais do Brasil, é também o mais generoso, sempre presente nas principais lutas da classe trabalhadora.
Os governos de Lula e Jerônimo significam a possibilidade de retomada do diálogo como expediente político no lugar da derrotada truculência; da volta das agendas de combate às desigualdades sociais em vez da concentração de riquezas e oportunidades; de tratar os históricos conflitos sociais do nosso país sob a égide da Constituição, e não mais da ilegalidade parcial, da disseminação do ódio que encorajou e autorizou o uso da violência pelos que se consideram mais fortes, poderosos e acima da Lei.
Por isso o PT Bahia se solidariza com a mobilização do Abril Vermelho e refuta a estratégia fascista de organizar milícias armadas para perseguir e atacar o MST. A questão fundiária e a concentração de terras no Brasil são uma profunda chaga que impedem o desenvolvimento do nosso país, o combate à fome e à extrema pobreza, a possibilidade de maior igualdade regional e, em último caso, a constituição de um Brasil realmente democrático.
A luta do MST desnuda esse agudo erro histórico, lança luz sobre o grave quadro social e auxilia governos e sociedade civil a produzirem soluções pactuadas para o problema. Defender a luta do MST e dos movimentos sociais do campo é estar ao lado da Constituição Federal e seu instrumento de desapropriação da terra para fins de reforma agrária ou para a criação de reservas ecológicas. Uma agenda cada vez mais urgente e contemporânea, aliada às preocupações mundiais de defesa do meio ambiente e da busca por mais igualdade e justiça social.
Por uma questão de saúde não posso estar presente a essa importante Sessão Especial na data de hoje (17 de abril) na Assembleia Legislativa. Mas nossos dirigentes, parlamentares e militantes aí estão renovando nosso compromisso com punhos erguidos. Nossa estrela triunfará a partir das nossas lutas. Coletivas, solidárias, humanas, históricas.
Um grande abraço para a direção do MST Bahia e todos as trabalhadoras e trabalhadores sem terra! Pátria Livre, venceremos!