
Em coletiva com o governador Jerônimo Rodrigues (PT), ocorrida nesta quinta-feira (05), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), jogou a culpa pela alta da criminalidade nos últimos anos no colo da política armamentista do governo Jair Bolsonaro (PL).
Antes de descer a lenha na flexibilização do acesso às armas, Dino prometeu pegar pesado junto com o governo do Estado para combater o crime. "Nós estamos fazendo essas ações integradas com todos os estados, e no caso da Bahia essa ação começou primeiro [...] E nós estamos agora fazendo esses aportes financeiros e ações diretas. As ações são integradas com o governo do Estado e nós temos as ações próprias das nossas corporações", largou Dino.
"Nós não nos escondemos dos problemas nossos, mas nós temos também o dever de apontar causas da violência no Brasil. E uma dessas causas, eu disse e reafirmo, sublinho e direi sempre, foi o armamentismo irresponsável praticado no Brasil nos últimos anos. Esse é um dos fatores da violência. Eu sei que há pessoas que não gostam de ouvir a verdade, mas a verdade é essa", meteu o ministro da Justiça.
Dino ainda afirmou que o fácil acesso às armas resultou no aumento do feminicídio, violência no trânsito e dentro dos lares. "Foram para o feminicídio, essas armas foram para a violência no trânsito, no bar, nas famílias, e essas armas foram também desviadas para fortalecer quadrilhas, porque barateou o acesso a armas no Brasil. E aí vai a pessoa, chamemos assim de bem-intencionada e compra arma, mas vai o quadrilheiro também, que falsifica a documentação, cujas quadrilhas nós estamos pela Polícia Federal desmontando todos os dias", disparou.