A defesa de uma transição energética justa, soberana e popular tem sido a principal bandeira levantada pelo coordenador geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, durante os encontros e mesas redondas que acontecem no G20 Social, no Rio de Janeiro.
O G20 Social, iniciativa do governo brasileiro para ouvir as vozes de populações dos países que integram o G20, ocorre entre os dias 14 e 18/11, sendo uma etapa anterior de discussão de propostas que serão levadas em um único texto aos chefes de estado das maiorias economias do planeta, a exemplo de Joe Biden (EUA) e Xi Jinping (China), nos próximos dias 18 e 19/11, durante a cúpula oficial do G20.
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Membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável (CDESS) e do Conselho Participativo (CP) do governo Lula, Bacelar tem participado dos encontros do G20 Social.
“Participamos de algumas atividades autogestionadas (organizadas pelas entidades da sociedade civil). Numa delas, realizada pela FUP e pela Plataforma Operária e Camponesa da Água e da Energia, tratamos da agenda da transição energética, que traz desafios ao desenvolvimento nacional. Estamos buscando fazer uma interlocução entre o governo e os movimentos sociais para que a transição energética justa soberana e popular seja feita como almejamos”, defendeu Bacelar.
Para a FUP, existe de fato um fenômeno crítico com relação às mudanças climáticas, oriundo dos gases de efeito estufa, por isso há uma necessidade de uma implantação de políticas públicas efetivas que promovam a transição energética e a descarbonização, não somente da matriz energética brasileira, mas da indústria nacional.
“Isso não é algo fácil de ser feito, pois há desafios tecnológicos, ambientais e sobretudo da geopolítica mundial que precisam ser enfrentados para que nós possamos avançar com relação a esse tema”, explica Bacelar.
Ainda de acordo com Deyvid Bacelar, “o papel estatal é importante para minimizar esses efeitos negativos e buscar a partir de empresas estatais públicas, como a Petrobras, esse diálogo mais abrangente”.
“Um exemplo de avanço é o que a Petrobras tem feito internamente, tendo criado uma diretoria específica que trata dessa questão da transição energética, realizando acordos com empresas parceiras ou concorrentes do setor, como a Shell e a Total, para buscar investimentos na área e gerar a produção de combustíveis sintéticos, ou combustíveis do futuro”, concluiu Bacelar.