
Deputados baianos se manifestaram após o ex-presidente Jair Bolsonaro ter sua prisão domiciliar decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A decisão pegou muitos políticos de surpresa.
O deputado estadual Leandro de Jesus (PL) classificou a medida como uma prova de tirania por parte do ministro. Ele também lembrou que a prisão foi decretada um dia após a manifestação pró-Bolsonaro que mobilizou milhares de pessoas em várias cidades do Brasil.
“É muito interessante que toda essa prova de tirania por parte do Alexandre de Moraes ocorre após as manifestações que levaram milhões de pessoas para as ruas do país. Não temos dúvidas de que isso se trata de revanche de alguém que acha que é dono do Brasil, que acha que está acima da democracia e de qualquer lei, inclusive a Constituição”, afirmou o parlamentar.
Assim como Leandro, Diego Castro também criticou a decisão e demonstrou insatisfação com a prisão do ex-presidente. Para ele, a medida representa uma “ameaça à democracia e à liberdade política no Brasil”.
“Essa é mais uma decisão absurda de Alexandre de Moraes, que tem ignorado princípios básicos do Direito para agir por vingança política. Ele desconsidera, inclusive, o princípio da intranscendência, ao punir Jair Messias Bolsonaro por ações de terceiros. Não há crime configurado, e quem ultrapassa os limites da legalidade é o próprio ministro”, disparou Diego Castro.
Já o deputado Capitão Alden, também da oposição, foi procurado pelo Portal Massa!, mas informou que só se pronunciará após reunião da bancada na Câmara dos Deputados.
Choro de um lado, comemoração de outro
Enquanto deputados bolsonaristas reagiram com críticas, parlamentares aliados ao governo comemoraram a decisão do Supremo. O deputado federal Valmir Assunção (PT-BA) utilizou as redes sociais para celebrar a medida: “A história cobra e a democracia resiste”, escreveu.
Já Robinson Almeida (PT) adotou um tom irônico ao comentar a situação de Bolsonaro. “Já era inelegível, já usava tornozeleira eletrônica… agora nem sair de casa pode. Só falta a plaquinha na porta: ‘Favor não perturbar, ex-presidente em reclusão judicial’”, brincou o deputado estadual.