A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos do 8 de Janeiro se articula para oferecer um acordo de delação premiada ao tenente-coronel Mauro Cid. Em troca, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) iria receber uma redução em suas penas no âmbito das apurações sobre envolvimento nos ataques golpistas e na fraude em cartões de vacinação.
Segundo a coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo, o Ministério Público já foi inicialmente consultado sobre essa possibilidade, já que seria a primeira vez que uma CPI realizaria um acordo do tipo. A proposta precisará do aval da Procuradoria-Geral da República (PGR) e também ser homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Mauro Cid está preso desde maio por suspeita de ter sido o responsável por fraudar cartões de vacinação de Bolsonaro e familiares. Além do caso dos ataques do 8 de janeiro, ele também é investigado no vazamento de dados sigilosos sobre a urna eletrônica e no suposto esquema de venda de presentes dados à União.