A 27ª Conferência do clima da Organização das Nações Unidas (ONU), ou COP27, realizada no Egito entre os dias 6 de 20 de novembro, terminou com novas resoluções sobre o debate climáticos. Entre os pontos positivos, está a criação do 'Fundo perdas e danos', um financiamento referente aos desastres naturais que não podem ser evitados pelos países.
Apesar de tratado como um avanço revolucionário, aporte ainda esbarra em alguns problemas, como a fonte de recursos para o financiamento, além dos países que estarão aptos para receber a ajuda. "Melhoramos a distribuição do remédio, mas não avançamos no tratamento da doença", resumiu o secretário executivo do Observatório do Clima, Marcio Astrini.
O Plano de Implementação de Sharm El-Sheikh, documento com resoluções debatidas no evento, trouxe uma menção às Soluções baseadas na Natureza (SbN), que versa sobre as abordagens e ações que visam a proteção dos ecossistemas com ações que gerencie os recursos naturais disponíveis de forma sustentável.
Já sobre os combustíveis fósseis, os ambientalistas criticam, de acordo com matéria do portal G1, o excesso de lobistas do setor nas discussões sobre o tema. O documento final da COP27 manteve os termos da edição anterior, que aconteceu na Escócia.
Outro ponto paralisado na COP27 foi o Acordo de Paris e o limite de 1,5ºC da taxa de aquecimento gobal para evitar maiores desastres ambientais. Apesar das discussões, nenhum acordo sobre o tema foi fechado. Ainda sobre o acordo, não houve avanço também nas negociações do pagamento de US$ 100 bilhões dos países desenvolvidos para os países em desenvolvimento, prometido desde 2020. O assunto segue sem definição.