Nesta quarta-feira (26), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), deve iniciar o processo de criação da Comissão Parlamentar mista de Inquérito (CPI) que vai investigar os atos golpistas do dia 8 de janeiro.
Uma sessão conjunta do Congresso, com deputado e senadores, está marcada para o início da tarde. Com a leitura do requerimento, a CPI é oficialmente criada.
Depois disso, os partidos indicam membros para a comissão. Essa etapa não precisa ser cumprida nesta quarta.
Até o fim da noite de terça (25), 239 dos 513 deputados haviam assinado o requerimento. O mínimo para a criação são 171. Já no Senado, foram 38 assinaturas. O mínimo são 27.
Nenhum parlamentar do PT, partido do presidente Lula, assinou o requerimento.
Mudança dos governistas
Antes contrários à criação de uma CPI para investigar os ataques às sedes dos três poderes em Brasília, agora os governistas dizem ser favoráveis à instalação do colegiado.
O que explica a mudança de opinião dos aliados do governo é a certeza de que não conseguiriam evitar a instalação da CPI.
A criação da comissão se tornou inevitável após a divulgação de novas imagens da invasão ao Palácio do Planalto, que resultou na demissão do general Gonçalves Dias do cargo de ministro do Gabinete de Segurança Institucional. Nas gravações é possível ver agentes do GSI conversando com os invasores, em vez de prendê-los.
Composição
A CPI será formada por 16 senadores e 16 deputados.
Há uma possibilidade de que a CPI seja instalada nesta quarta-feira. A instalação é quando os partidos designam os integrantes, e o presidente e o relator da CPI são eleitos.