O Conselho de Ética da Câmara instaurou, nesta quarta-feira (10), um processo que pode acarretar na cassação do mandato do deputado federal, Chiquinho Brazão. Ele está preso, indiciado pela Polícia Federal, como um dos mandantes da morte da vereadora Marielle Franco e do seu motorista, Anderson Gomes, em 2018.
O PSOL, em que Marielle fazia parte, foi responsável pela autoria da ação que alega suposta quebra de decoro parlamentar, apresentada à Mesa Diretora da Câmara no último dia 27. Segundo a legenda, a cassação é de urgência, para evitar que o deputado utilize o cargo para cometer outros crimes.
"Sua cassação é urgente - e sua presença, uma vergonha para a Casa", afirma a sigla. O processo foi instaurado, no entanto, ainda há um relator designado. Três deputados podem assumir a relatoria do caso: Bruno Ganem (Podemos-SP), Ricardo Ayres (Republicanos-TO) ou Gabriel Mota (Republicanos-RR).
Nesta quarta (10), Chiquinho Brazão recebeu a autorização do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), para participar da reunião de forma remota, de dentro da penitenciária federal de Campo Grande (MS), onde está preso.