O vereador de Salvador Henrique Carballal (PDT), coordenador da campanha de Jerônimo Rodrigues (PT) e Geraldo Júnior (MDB) na capital baiana, falou sobre o imbróglio envolvendo prefeitura e agentes comunitários de saúde e de combate às endemias, BRT, multas de trânsito, tributos municipais e eleições em entrevista na manhã desta sexta-feira (28), no programa Isso É Bahia, da rádio A TARDE FM (103.9).
“O que Bruno Reis vem fazendo é criminoso, desumano”, disse o pedetista sobre a maneira como o gestor municipal tem agido para resolver o impasse com os agentes, que pedem que o piso salarial da categoria seja cumprido, conforme a Emenda Constitucional (EC) 120/22, promulgada em 5 de maio.
O vereador do PDT contextualizou o cenário, que envolve o descumprimento da prefeitura em repassar a verba da União para os agentes, sem deixar de manter as gratificações e adicionais do plano de cargos dos servidores municipais.
“Ele [Bruno Reis] nunca passou necessidade na vida. Se tivesse no contracheque dele esse salário [R$ 877 de salário base nível 1 + 122,5% de incrementos, totalizando R$ 1.951 bruto + alimentação e transporte], para sustentar uma família, ele não diria que é [um movimento político]”, alfineta o parlamentar, que criticou seus colegas da situação e elogiou o presidente da casa legislativa. “Ele diz isso porque os agentes reconhecem a firmeza de Geraldo Junior na defesa da categoria, e reconhece em Bruno o oposto”, conclui.
Para Carballal, recursos não faltam para o município. “A prefeitura está com muito dinheiro com a indústria da multa. Eles reduziram o limite de velocidade não para educar a população, mas para arrecadar mais”, disparou o vereador, que chamou o BRT de “vergonha”.
Também foi alvo de crítica o ex-prefeito da cidade e atual candidato a governador, ACM Neto (UB). “Um oportunista que não mostra posição. Político tem que ter lado, posição. Pode até mudar de posição, mas precisa ter”, disse Carballal sobre o fato de o candidato do União Brasil não declarar apoio a nenhum candidato a presidente da República.
“Ele, como ditador poderoso, acha que pode dizer a hora e quando ele quer debater. É triste”, alfinetou Carballal, sobre os pedidos de ACM Neto para que Jerônimo fosse aos debates no segundo turno. “O filho do vaqueiro vai ganhar do filho do coronel”, concluiu.