Relator do arcabouço fiscal na Câmara, o deputado federal Cláudio Cajado (PP-BA) afirmou, em entrevista ao jornal O Globo, que o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (Fundeb) deve cair novamente para os limites fiscais.
Segundo Cajado, a decisão da retirada do Fundeb do arcabouço no Senado teve um ‘dedinho’ político. Com as alterações feitas pelos senadores, o texto precisa voltar para a Câmara Federal.
“Por mim, bota tudo de volta. Isso tem impacto no resultado primário. Espero que os líderes não tenham posição política. Houve retirada dos gastos com ciências e tecnologia. Se fosse por mérito, eu também retiraria os fundos da Marinha e Aeronáutica, que fazem pesquisas”, afirmou Cajado, que continuou.
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“Não sei se o colégio de líderes vai ou não ouvir essa questão política que o Senado ouviu. Vou ouvi-los e serei sensível aos argumentos deles”, finalizou o deputado.
O arcabouço fiscal, uma das principais pautas do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Congresso, tem a missão de substituir o atual teto de gastos, aprovado em 2017 no governo Michel Temer (MDB).