![Levantamento mostrou que 18 indígenas foram mortos em conflitos](https://cdn.jornalmassa.com.br/img/Artigo-Destaque/1220000/380x300/Artigo-Destaque_01222542_00-ScaleOutside-1.webp?fallback=%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F1220000%2FArtigo-Destaque_01222542_00.jpg%3Fxid%3D5702794&xid=5702794)
A situação de violência contra os povos indígenas e a comunidade afro-brasileira preocupa a Organização das Nações Unidades (ONU). A subsecretária-geral das Nações Unidas, Alice Wairimu Nderitu, vem ao Brasil em missão na próxima terça-feira (2) e fica no país até 12 de maio. Ela é a conselheira especial do secretário-geral para a prevenção de genocídio.
Em 2021, a conselheira já havia manifestado preocupação com a situação de povos indígenas no Brasil. De acordo com o relatório do Conselho Indigenista Missionário, em 2021, 176 indígenas foram assassinados no Brasil. Ainda naquele ano, a Articulação dos Povos Indígenas no Brasil denunciou o governo brasileiro por genocídio.
Outro levantamento, este da Comissão Pastoral da Terra, mostrou que 47 pessoas foram mortas por conflitos no campo, no ano passado: 18 eram indígenas.
O ex-secretário executivo da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, Paulo Abrão, diz que a visita é uma oportunidade para a conselheira ouvir movimentos sociais e se aproximar da realidade brasileira. O foco da visita é levantar informações sobre a situação.
"A sua presença é para colher e registrar informação para uma posterior análise. De toda maneira, ela poderá expressar preocupações públicas sobre fatos concretos que ela tomar conhecimento, e apontar recomendações para evitar uma escalada das violações aos direitos humanos. A vinda dela ao Brasil é um sinal muito importante de que o governo está aberto ao escrutínio internacional em matéria de direitos humanos."
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, a agenda da missão está sendo discutida entre as autoridades do governo brasileiro e do escritório das Nações Unidas.