
O primeiro dia do julgamento da denúncia contra Jair Bolsonaro e outros sete acusados, por tentativa de golpe de Estado, foi ‘frio’.
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A discussão que envolve a denúncia será nesta quarta-feira (26), após decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). A expectativa é que o julgamento pegue ‘fogo’, já que será decidido se o ex-presidente e outros aliados irão virar réus.
A primeira parte da sessão desta terça-feira no STF teve:
O ministro Alexandre de Moraes leu o documento que lista todas as condutas de Bolsonaro que indicam a tentativa de golpe. Xandão ressaltou que foram feitos fortes ataques à democracia.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, fez argumentações, já que é autor da denúncia.
O advogado do ex-presidente afirmou que "não se achou absolutamente nada" contra ele.
Já a segunda parte tratou apenas dos argumentos dos advogados de defesa:
Os advogados questionaram a competência do STF e da Primeira Turma para julgar o caso.
Na 1ª Turma são 5 ministros: Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. E, no plenário, 11.
Maioria da 1ª Turma rejeitou os questionamentos, mas Luiz Fux divergiu. Ele entendeu que a denúncia do golpe deveria ser julgada no plenário do Supremo.
Apesar da posição de Fux, a maioria dos ministros seguiu o relator e votou para manter o julgamento na 1ª Turma.
O que vai rolar nesta quarta-feira (26):
Alexandre de Moares vai analisar a denúncia e se pronunciar em relação a Bolsonaro e os demais denunciados.
Em seguida, os demais ministros votam nesta ordem: Dino, Fux, Cármen e Zanin.
O colegiado vai definir se acompanha o relator ou não.
Se isso ocorrer, os envolvidos se tornam réus e vão responder a um processo penal na Corte.