A informação sobre um novo estojo de joias recebidos da Arábia Saudita por Jair Bolsonaro (PL) deve complicar ainda mais sua vida junto à justiça e abrir novas investigações. De acordo com o jornal Estado de São Paulo, em 2019, Após visitar o país em 2019, o ex-presida ganhou um conjunto contendo um relógio Rolex cravejado de diamantes, um par de abotoaduras, uma caneta e um masbaha (rosário árabe), avaliado em mais de R$500 mil.
Já é o terceiro estojo que vem à tona e que somados custam aproximadamente R$ 18 milhões. Desta vez, no entanto, o ex-presidente colocou a caixa oficialmente em seu acervo pessoal e levou consigo os objetos no fim do ano passado, quando deixou o cargo.
De acordo com informações da colunista do GLOBO, Bela Megale, a Polícia Federal (PF) deve abrir uma nova investigação que tem como foco a relação entre Jair Bolsonaro, o regime da Arábia Saudita e o possível crime de corrupção.
Os responsáveis pela investigação já tem todos os dados referente a esse terceiro kit, assim como toda a lista de presentes recebidos. A PF quer saber o que motivou a entrega de presentes de valores tão quando ainda ocupava o Palácio do Planalto.
O Ministério Público de Contas informou que apresentará pedido à presidência do Tribunal de Contas da União (TCU) para que Jair Bolsonaro devolva o terceiro conjunto de joias. Já a defesa de Bolsonaro afirmou que os itens estão à disposição para “apresentação e depósito”.
Em nota, os advogados Paulo Amado da Cunha Bueno e Daniel Bettamio Tesser disseram que os bens foram devidamente registrados, catalogados e incluídos no acervo da Presidência da República, conforme legislação em vigor.
O retorno de Bolsonaro ao Brasil está previsto para esta quinta-feira (30), onde desembarcará por volta das 7h30, em Brasília. O ex-presidente está nos Estados Unidos desde dezembro, mês em que deixou a presidência da República.