
Apesar de o inelegível Jair Bolsonaro (PL) atualmente fazer diversas críticas à Lei da Ficha Limpa, seu passado o contradiz — e muito. Isso porque, enquanto presidente, Bolsonaro foi um dos grandes defensores da lei.
Em 2019, durante seu primeiro ano no cargo, ele utilizou o veto presidencial para barrar um dispositivo que facilitaria a diplomação de condenados. A mudança em questão faria com que a Justiça Eleitoral analisasse a ficha do candidato apenas no momento da posse, e não no registro da candidatura, como ocorre hoje.
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Além disso, Bolsonaro aplicou a Lei da Ficha Limpa para cargos comissionados em seu governo, impedindo que pessoas consideradas inelegíveis assumissem essas funções.
Agora, Bolsonaro e seus aliados tentam modificar a Lei da Ficha Limpa para reduzir o período de inelegibilidade de oito para dois anos, permitindo que o ex-presidente possa concorrer em 2026.