O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) levou sua esposa, Michelle Bolsonaro, no Aeroporto de Guarulhos, neste sábado (18), onde ela embarcou com destino a Washington, onde vai participar da cerimônia de posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, no lugar do marido.
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Em entrevista coletiva, o ex-mandatário chorou ao comentar a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que o impediu de acompanhar o evento.
“Obviamente seria muito bom a minha ida lá. O presidente Trump gostaria muito, tanto é que ele me convidou. Estou chateado, estou abalado ainda”, disse aos jornalistas sem conseguir segurar as lágrimas.
Em seguida, Bolsonaro teceu várias críticas a Moraes, sem citar o nome do ministro. “Eu enfrento uma enorme perseguição política por parte de uma pessoa. Essa pessoa decide a vida de milhões no Brasil, ele e mais ninguém. Ele é o dono do processo, é o dono de tudo, quando quer ignora o Ministério Público, faz o que bem entende. Eles veêm a direita como um mal no Brasil", reclamou..
Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que investiga uma tentativa de golpe de estado e está com o passaporte apreendido desde fevereiro de 2024. Na última quinta (16), Moraes rejeitou um pedido do ex-mandatário de extrema direita para reaver o documento e participar da posse de Trump.
"Eu sou preso político, apesar de estar sem tornozeleira eletrônica. Espero que a sua excelência [Moraes] não queira botar em mim, para humilhar de vez, uma tornozeleira eletrônica. Sim, estou constrangido. Queria estar acompanhando minha esposa. Lamentavelmente não vou poder comparecer", declarou.