O senador Flávio Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou que seria uma "atrocidade" se o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tomar a decisão de tornar seu pai inelegível. Alvo de 16 ações na Corte, o ex-chefe do Executivo pode ser impedido de disputar eleições durante oito anos.
Em entrevista ao Folha de S. Paulo, o ex-coordenador da campanha à presidência de Jair Bolsonaro disse que teme pela vida do pai que, segundo ele, poderá ser morto quando retornar dos Estados Unidos. "Eu acho que, se isso [inelegibilidade] acontecesse, seria a maior atrocidade das últimas décadas. Isso é interferir na democracia."
Flávio acredita ainda que tal medida reforçaria a popularidade do chefe da direita brasileira e o tornaria o maior cabo eleitoral do país. Ele também teceu diversas críticas ao atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas diz que não fará uma "oposição irresponsável" no Senado Federal.
O filho 01 do ex-chefe do Executivo, nos Estados Unidos desde o fim do seu mandato, falou também sobre o episódio das joias recebidas pelo governo da Arábia Saudita. O parlamentar negou que houvesse interesse pessoal no item porque "ninguém sabia o que tinha lá dentro".
"Podia ser um copo de água, ninguém sabia", afirmou. "E, se tivesse má-fé, ninguém ia fazer o trajeto de passar pelo raio-x da Receita, não ia trazer num voo comercial", concluiu.