Após uma pausa nas crítica às urnas eletrônicas, quando as pesquisas eleitorais passaram a ser alvo dos ataques de seus aliados, Jair Bolsonaro (PL) voltou a colocar em dúvida a credibilidade dos aparelhos usados nos pleitos no país desde os anos 1990.
"Não existe sistema eletrônico que seja perfeitamente blindado. Se nunca teve, vai chegar a hora", disse o presidente da República, em entrevista nesta segunda-feira, 17, um dia após o debate na Band com seu adversário, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "O que a gente sempre busca é dar mais uma camada de transparência. É isso que nós lutamos no passado", continuou o candidato à reeleição, que do final dos anos 1980, quando foi eleito vereador do Rio de Janeiro, até os dias atuais, venceu oito pleitos parlamentares, um para a Câmara Municipal e sete para a Câmara Federal como representante do seu estado, além de uma eleição presidencial, em 2018.
Na semana passada, foi publicada a informação na coluna de Malu Gaspar, no jornal O Globo, de que Bolsonaro segurou o relatório dos militares que descarta fraude nas urnas eletrônicas. O presidente da República, na ocasião, disse que os militares "deveriam se esforçar mais", porque "as informações não batiam com o que ele próprio soube a respeito do assunto".
A investigação dos militares contou com a avaliação de ao menos 385 boletins de urna e um projeto-piloto com uso da biometria para testar 58 aparelhos.