
A Polícia Federal está investigando a tentativa de um golpe no país e em meio às investigações já recolheu material com potencial de comprovar o envolvimento de diversos nomes do bolsonarismo. As informações são do blog de Valdo Cruz, do G1.
Além do tenente-coronel Mauro Cid, do ex-major Ailton de Barros e do coronel Élcio Franco, as provas apreendidas pela PF mostram que outros personagens também estavam discutindo como iriam evitar que Lula tomasse posse da Presidência da República.
Os documentos, mensagens e celulares foram recolhidos na operação contra a falsificação de cartões de vacinação contra a Covid-19. O ex-presida Jair Bolsonaro deve depor à PF no inquérito nesta semana.
As evidências vão contribuir nas investigações de outros casos, entre eles o da disseminação de notícias falsas sobre o sistema eleitoral.
Inelegibilidade
Os aliados de Bolsonaro estão com a mão na cabeça porque já avaliam que os dados que estão sendo divulgados vão acabar levando à inelegibilidade do ex-presidente, além de desgastar a imagem dele.
Com isso, o PL deve mudar a estratégia para as eleições municipais no ano que vem e a presidencial, em 2026.
De acordo com o blog, alguns mais próximos demonstram insatisfação. "Eles tinham uma sensação de impunidade, de que nada iria acontecer com eles, por isso falavam abertamente de um golpe", reclama um coligado do ex-presidente no Congresso.
O partido do ex-presida deve tentar usar a estratégia de transformar ele em "vítima" e usá-lo como cabo eleitoral. "Mas tudo depende do que ainda será publicado e pode comprometer ainda mais o Bolsonaro", alerta um aliado.